A conservação do
peixe-boi marinho e do meio ambiente foram tema de um encontro pra lá de
animado, na Barra de Mamanguape (PB), neste feriado do Dia do Trabalhador. O Projeto Cine Peixe-Boi promoveu uma sessão
especial de cinema para as crianças da região, na unidade da Fundação Mamíferos
Aquáticos, que abriga o Projeto Viva o Peixe-Boi Marinho – patrocinado pela
Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental e apoio do Governo
Federal. Os pequenos cidadãos puderam conferir alguns clássicos infantis e uma
gama de filmes eco educativos, além de participar de momentos de leitura no Baú
de Histórias do Peixe-Boi, da exposição fotográfica Memórias da Barra, de uma
sessão de eco recreação com tio Adriano e tia Gisela e da apresentação voz,
violão e percussão dos tios Naldinho e Sé. Pipoca, guloseimas e diversão também
ajudaram a alegrar a tarde.
Desenvolvido por
jovens ambientais da Barra de Mamanguape, o Cine Peixe-Boi conta com o apoio do
Projeto Viva o Peixe-Boi Marinho – que está sendo realizado pela Fundação
Mamíferos Aquáticos e patrocinado pela PETROBRAS, em prol da conservação do
peixe-boi marinho no Nordeste do Brasil. Nasceu durante a Oficina de Agentes
Ambientais do Projeto Viva o Peixe-Boi Marinho com o objetivo de promover exibições
itinerantes de filmes com temas ecológicos, culturais e socioambientais nas
comunidades localizadas na APA Barra de Mamanguape e entorno. A ideia é
sensibilizar o público sobre a importância da conservação do peixe-boi marinho
e do meio ambiente, levando a cultura do audiovisual a comunidades, distantes
dos grandes centros urbanos, que não possuem acesso a cinema.
“Ver as crianças
com o sorriso no rosto, se divertindo e interagindo, cantando a música do
peixe-boi, isso não tem preço. Agora mais que nunca sei que o Cine Peixe-Boi
vai ser um sucesso. As crianças saíram maravilhadas. Para eles, tudo isso é
muito novo e uma novidade muito boa por sinal. Eles estão tento a oportunidade
de aprender se divertindo. No final, na hora do lanche, foi fantástico ver a
força do Cine Peixe-Boi. Uma criança chamada Gisela, que mora aqui na Barra,
pegou o saco de lixo e saiu coletando os papéis do lanche que estavam no chão,
pedindo para seus coleguinhas colocarem os copos no saco que ela segurava. Foi
muito massa tudo isso”, diz Sé Silva, morador da Barra de Mamanguape, estudante
de Ecologia e um dos idealizadores do Projeto Cine Peixe-Boi.
Para a educadora
ambiental do Projeto Viva o Peixe-Boi Marinho, Gisela Sertório, é muito importante
que as crianças comecem, desde cedo, a se tornar mais íntimas de temas tão
importantes como o problema do lixo, a importância da conservação do peixe-boi
marinho e de seu habitat. “O Cine Peixe-Boi
infantil foi uma iniciativa simples e com frutos de alegria para todos que
estiveram conosco. O local foi todo preparado para receber as crianças com uma
atmosfera lúdica, com pinturas que eles mesmos tinham realizado anteriormente, ambientamos
um espaço para o cinema, um espaço para a leitura, enfim uma estrutura para a
criançada se divertir. Os filmes exibidos tinham mensagens que traziam a
importância do respeito à natureza, e todos ficaram bem atentos para aprender.
Outro momento muito especial foi ver os agentes ambientais promovendo este dia e
colocando o jeito deles na concretização de um pequeno projeto que surgiu
através do sonho de contribuir para a melhoria de suas comunidades”,
complementa Gisela.

“As crianças
foram chegando aos poucos e, quando nos deparamos, nossa Unidade da FMA na
Barra de Mamanguape estava repleta de lindos rostinhos na expectativa do que viria
pela frente. A sessão do Cine Peixe-Boi teve 100% de sucesso. Em breve haverá
outras sessões nas demais comunidades daqui da região da Apa da Barra do Rio
Mamanguape. São simples ações que motivam a equipe e nos deixam mais próximos à
comunidade”, ressalta Maria Elisa Pitanga, coordenadora técnica do Projeto Viva o
Peixe-Boi Marinho. Numa próxima etapa, o Cine Peixe-Boi também pretende
oferecer oficinas de criação de vídeos artesanais, com utilização de
equipamentos simples e domésticos, como câmeras de celular, onde a própria
comunidade produza seus pequenos filmes e possa se enxergar num processo
criativo.
Foto 1: Maria Elisa Pitanga/ Acervo FMA
Foto 2: Genilson dos Santos/ Acervo FMA
Fotos 3 e 4: Sé Silva/ Acervo FMA
Foto 5: Maria Elisa Pitanga/ Acervo FMA