O peixe-boi marinho é um mamífero aquático
da ordem dos Sirênios, da família Trichechidae. Num ambiente saudável e livre de ameaças,
ele pode viver de 50 a 60 anos, chegando a ter aproximadamente 4 metros e a
pesar em torno de 500 kg. Apesar de todo este peso e do corpo volumoso, ele é herbívoro,
se alimenta de algas, capim-agulha, folhas de mangue, entre outras plantas
marinhas. É um animal extremamente dócil, mas que não deve ser tocado e nem
domesticado pelos seres humanos.
O peixe-boi marinho é uma espécie que tem
características peculiares quanto à procriação. Uma fêmea tem uma gestação que
dura 13 meses e passa cerca de dois anos amamentando o filhote. Ou seja, é preciso três a quatro anos para
gerar uma nova vida, o que torna ainda mais delicado o trabalho de conservação
da espécie.
Neste processo da relação mãe-filhote, é
preciso bastante atenção. O ambiente ideal para que a fêmea cuide do filho é
aquele que tenha água calma e alimentos ricos em nutrientes que sejam de fácil
acesso, ou seja, os estuários e regiões costeiras protegidas. É lá que elas
buscam se reproduzir, parir e descansar. Com o comprometimento destas áreas
costeiras (em decorrência dos assoreamentos, poluição, entre outros fatores)
muitas vezes as fêmeas reproduzem em áreas desprotegidas, o que acaba
favorecendo para o encalhe dos filhotes.
Quer ajudar a proteger o peixe-boi
marinho? Basta tomar atitudes simples e conscientes:
- Não jogue lixo nas praias, pois o mesmo
ocasiona a poluição do mar e estuário, acarretando danos diretos aos
peixes-bois marinhos, que acabam confundido o lixo com comida, podendo ficar
doentes e até morrer;
- Não construa casas e estabelecimentos em
áreas de manguezais, pois é lá que se concentram diversos nutrientes
necessários para a alimentação do peixe-boi marinho, sendo ainda o local de
reprodução e descanso da espécie;
- Ao utilizar embarcações motorizadas,
tenha especial atenção nas áreas de ocorrência da espécie, pois a hélice das
embarcações podem ferir os animais;
- Evite ancorar embarcações nas áreas com bancos
de corais, fanerógamas marinhas (capim-agulha) e algas-marinhas.
Foto: Luciano Candisani/ Acervo FMA.